segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Kadhafi torturado, sodomizado e morto...

Oh, lecas, tu queres lá ver que...

Este tipo de acontecimentos tornou-se tão comum no nosso tempo. E a questão permanece: a dignidade humana é ou não inalienável?

Se a dignidade humana é inalienável, então há uma espécie de dignidade em cada ser humano que torna este tipo de acontecimentos indignos.

Porquê usar de um tal nível de violência contra um ser humano que se encontra obviamente indefeso. Independentemente de tudo o que ele possa ter feito, do poder que possa ter usado indiscriminadamente no passado - quando foi apanhado encontrava-se indefeso, sem qualquer poder, nas mãos dos seus captores. Não se justifica a violência num caso destes. A violência, a ser exercida, deve ser justificada - nunca mera violência gratuita.

Um ser humano nunca deveria ser tratado assim. E que existam seres humanos que possam pensar que praticar violência em situações destas é justificável - que existam seres humanos que possam eles próprios praticar tal espécie de violência, não me espanta. Não me admiro. Parece-me natural. Parece-me normal, demasiado normal que o ser humano continue a ser um animal.

Não penso que estes actos atrozes contradigam a natureza humana. Penso que o ser humano pode fazer melhor isso. Mas o sangue que lhe corre nas veias é, obviamente, um sangue vingativo, sedento de violência.

Contudo, o facto de naturalmente tendermos para a violência não nos deve confundir os espíritos: o homem é claramente capaz de ser melhor que isso. O humano é capaz de lutar contra as suas tendências mais primárias. Não se trata de subverter uma natureza humana vingativa. Trata-se de superar algumas das nossas tendências em prol de outras tendências que nós, enquanto seres humanos dotados de juízo e entendimento, consideramos superiores.

O facto de existir uma tendência natural para o acto sexual nunca impediu alguns seres humanos de se entregarem ao celibato. O facto de o ser humano tender para a chacina não significa que ele não possa praticar a paz ou reconhecer o carácter inalienável da dignidade humana.

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